Dia europeu da vítima de crime
Maioria das pessoas que recorrem à APAV não se queixa à polícia
A maior parte das vítimas não está disposta a apresentar queixa à polícia - procura na associação outro tipo de ajuda, desde logo emocional. O relatório que faz o balanço de um ano de actividade da APAV mostra que em 57 por cento dos casos atendidos as pessoas não denunciaram às autoridades as situações de que foram alvo. Hoje, Dia Europeu da Vítima de Crime, estes e outros números são apresentados publicamente em Lisboa.
"É uma percentagem alta de não participação", considera o secretário-geral da APAV, João Lázaro. As razões, diz, podem ser várias. "Tem havido um esforço por parte das autoridades policiais no atendimento qualificado às vítimas, mas as polícias dão a cara por um sistema de justiça em que as pessoas não confiam, que não dá respostas céleres.
A esmagadora maioria dos crimes relatados enquadram-se na chamada "violência doméstica", predominando os maus tratos psíquicos (4160) crimes e físicos (4125).
Não será isto elucidativo do estado da justiça que temos? Até quando se manterá este estado de coisas? Dá que pensar, realmente...
A maior parte das vítimas não está disposta a apresentar queixa à polícia - procura na associação outro tipo de ajuda, desde logo emocional. O relatório que faz o balanço de um ano de actividade da APAV mostra que em 57 por cento dos casos atendidos as pessoas não denunciaram às autoridades as situações de que foram alvo. Hoje, Dia Europeu da Vítima de Crime, estes e outros números são apresentados publicamente em Lisboa.
"É uma percentagem alta de não participação", considera o secretário-geral da APAV, João Lázaro. As razões, diz, podem ser várias. "Tem havido um esforço por parte das autoridades policiais no atendimento qualificado às vítimas, mas as polícias dão a cara por um sistema de justiça em que as pessoas não confiam, que não dá respostas céleres.
A esmagadora maioria dos crimes relatados enquadram-se na chamada "violência doméstica", predominando os maus tratos psíquicos (4160) crimes e físicos (4125).
Não será isto elucidativo do estado da justiça que temos? Até quando se manterá este estado de coisas? Dá que pensar, realmente...
9 Comments:
boa tarde
já tenho passado por aqui algumas vezes (guiada pelo murcon) e hoje resolvi comentar
aqui vão mais umas achegas q dão que pensar
na visão de 16/02
"1 em cada 3 mulheres é vítima de violência
5 pessoas são mortas todos os meses pelos seus companheiros
1 em cada 4 homícidios é praticado sobre o cônjuge
a violência é a principal causa de morte e invalidez entre as mulheres dos 16 aos 44 anos
todas as semanas, em Portugal, uma mulher é morta pelo homem com quem vive"
Além do que escreveste,o que mefaz aflição é as vítimas terem medo e não fazerem queixa.
Outro caso é o sítio que existe de protecção à vítima, não poder albergar as que se queixam.
Pior ainda:há mulheres que estão presas, porque num acto de revolta ao fim de anos a serem maltratadas, matam os maridos.
Também não sei responder a estes 3 problemas. Beijos
O problema das vitimas é que na sequência dos factos de que foram vitimas, ainda ficam vitimas da justiça. Chegamos a um ponto em que a justiça favorece o criminoso e penaliza a vitima.
Há histórias e estórias sobre isto.
Haja esperança.
Infelizmente na maioria dos casos o medo é o elemento mais forte,seguido talvez da insegurança que as pessoas sentem em relação a uma proteção eficaz contra o agressor.Muito ha ainda para fazer!
bjokas e mais uma vez parabéns pelo tema.
Tem um bom dia ":o)
b',
Bem-vinda.:)
Os dados que acrescentas, são terríveis, de facto. É impressionante como há tanta violência sobre as mulheres, especialmente violência doméstica.
Wind,
As três situações que apontas são angustiantes, realmente.
Beijos.
O sical,
Pois, lá voltamos nós à (in)justiça...
Anna^,
O medo é terrível, bloqueia a capacidade de reacção das pessoas.
Há imensa coisa a fazer.
Beijinhos e uma boa noite para ti.:)
Bom, eu uma vez entrei numa esquadra porque andava há dias a seu seguida na rua, e ia ficando lá presa... Vai daí, sei que é triste, mas compreendo que as vítimas não apresentem queixa.
Rosa,
Eu também compreendo, mas isso mesmo é que é lamentável.
Bjs.:)
Andorinha,
Estou totalmente de acordo contigo e com a maioria dos comentadores. Bate-se muito pouco nas mulheres portuguesas. Cada vez mais me chegam relatos chocantes de maridos que face a esturricar de arrozes, a atrasos no fornecimento de sexo e até diante de um menor ou totalmente nulo cuidado com o lar se limitam a um "Devia-te partir as trombas" ou então "precisavas era de levar no focinho" sem passarem ás acções. Que dizer? Os homens portugueses são uns cobardes. E tb me chocou que 47% das mulheres apresentem queixa na polícia. Só o facto de conseguirem andar até à esquadra mostra que não terá sido agressão muito grave. E além disso as agressões tendem a diminuir de gravidade, cada vez há menos caçadores e menos caçadores dá origem a menos mulheres punidas com tiro de caçadeira pelos respectivos e muito dilectos maridos.
Uma lástima, concordo totalmente...
Noise,
Esta é uma situação tão preocupante que não é para ser alvo de chacota.
De vez em quando "passas-te" , miúdo.
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