quinta-feira, fevereiro 9

O que é amar?

Depois de uma conversa com amigos em que se falou de amor e das diferentes formas de amar, dei por mim a reflectir sobre o assunto.
Às vezes as pessoas julgam que amam, mas na realidade estão agarradas à sua necessidade de possuir o outro. É como se dissessem:"Amo-te enquanto estás ao meu lado, mas se te fores embora, deixarei de te amar."
Quanto a mim, o amor passa por pensar no que o outro necessita e ter prazer em que o outro esteja bem, tudo isso de forma totalmente independente do estar ou não ao nosso lado.
E há outra coisa que eu julgo ser muito frequente na nossa cultura: não se aceita que eu possa amar muito o meu companheiro e ao mesmo tempo sentir prazer em estar com outras pessoas; partimos sempre da ideia falsa de que aquela pessoa pode e deve dar-me tudo aquilo de que preciso. Penso que isto é um equívoco, nenhuma pessoa nos preenche na totalidade.

9 Comments:

Blogger wind said...

xiiiiiiiii foste buscar um assunto muito complicado.
Para mim, o amor é algo que não se define, prefiro dizer:gosto muito de.
Agora este gostar muito de tenho de várias maneiras: pais, amigos, relação de par.
Isto para dizer, que seja qual for a relação, eu não prescindo da minha liberdade individual, do meu espaço e não sou pertença de ninguém, tal como ninguém me pertence. Há que saber partilhar, aceitar, senão não há amor.
Isto tudo para divagar sobre o amor:) beijos

8:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

amores i + amores
venham
vamos
neles todos

10:20 da tarde  
Blogger Pamina said...

Concordo com os dois pontos.:)
Relativamente ao segundo, num livro ("Vida Amorosa", ou coisa parecida, não sei como traduziram) da Zeruya Shalev há um personagem terrivelmente egocêntrico que diz para uma mulher com quem tem uma relação, quando ela quer deixá-lo sozinho durante umas horas para ir tratar duma tese na universidade (nem sequer era para se ir divertir, mas mesmo que fosse): "não gostas de mim, se gostasses de mim não ias, etc. e tal". Muitas vezes, os parceiros ou parceiras vêm com esse tipo de chantagem emocional. Não se deveria ceder. Claro que não estou a falar de momentos em que, por qualquer razão, a pessoa esteja em baixo e precise do outro perto de si, mas quando isto acontece por sistema.

11:21 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá a todos
Andorinha não podia estar mais de acordo! Alias lembrei-me de um livro que li não há muito tempo "Sera amor ou dependência?" é isso mesmo há casos em que amar é confundido com vazio com estar só com não gostar de se estar consigo proprio com o seu ser. Dai o panico em estar sozinho e se querer sempre ao pé que "se ama".
Amar para mim não é querer sempre para si é deixar o outro realizar-se como pessoa como ser completo como pessoa de si amar é querer tão bem que se nunca quer mal mesmo que isso signifique as vezes naõ estar fisicamente perto.
E em absoluto ninguem sozinho por si só preenche inteiramente outra pessoa o que seria de mim sem os meus amigo sem as pessoas que eu quero bem amo muito mas que nao sao o meu companheiro...mas são os meus companheiros de caminhada !!
Bem dito !!
Bom fim de semana a todos
Abraços e sorrisos
Ana Afonso :)

12:04 da tarde  
Blogger luis manuel said...

Andorinha
Falar sobre amar é uma das minhas intenções para escrita lá na página.
É um sentimento imensamente rico, o Amor.
E, por incrível que pareça, um grande obstáculo que encontra demasiadas vezes, é a recusa ou o temor que alguns têm em se deixarem ser amados.
Tenho alguns rabiscos com estas ideias para mais tarde escrever, mas como encontrei “amores” no meu caminho, ontem fiz questão de deixar uma pontinha do que poderá ser dito.
Não é assunto muito complicado, acredito.
Um abraço carinhoso

5:23 da tarde  
Blogger Anna^ said...

O Amor nunca pode ser "castrador" mas sim "libertador".
Apesar de que nem sempre assim acontece.
Tb já li, tal como a ana afonso,o livro da Brenda Schaeffer "Será amor ou dependência" e acho-o extremamente "prático" pela maneira como aborda o tema da dependência amorosa ao amor saudável...é interessante no mínimo!

bjokas e um bom fds ":o)

6:00 da tarde  
Blogger blue kite said...

Apesar do amor ser mudar a alma de casa, nunca pode deixar de ter subjacente a liberdade e a independência.
Conjugar tudo isto é que é um óasis...

6:52 da tarde  
Blogger Sara Veiga said...

O amor...
Haverá tema mais sublime, mais provocador?
Concordo com a visão de amor de que fala, em que se tem prazer no bem-estar do Outro. Mas acho que tem de haver reciprocidade. De outro modo, o prazer torna-se numa obrigação.
Julgo até possível uma outra situação: amar alguem e não ser capaz de partilhar a vida com essa pessoa. Como a música dos U2, "With or without you". É algo a que dedico alguma atenção ultimamente.
Quando chegar a uma conclusão final, dou notícias... :P

12:05 da manhã  
Blogger andorinha said...

Wind,
Complicado é, sem dúvida.
Eu também prefiro dizer "gosto muito de ti". Se queres que te diga, penso que em toda a minha vida nunca utilizei as palavras "amo-te". TÊm uma carga muito pesada.:)
Concordo contigo - ninguém é dono de ninguém.
Beijos.

Je,
Vamos...:)

Pamina,
E eu concordo contigo:), aliás na sequência de várias conversas que já temos tido.
Bjs.

Ana afonso,
Tens razão no que dizes e é um facto, ninguém preenche na totalidade outra pessoa.
Bjs e bom fds.:)

Luís manuel,
Às vezes as pessoas têm receio de ser amadas; é pena, o amor é um sentimento maravilhoso.
Fico à espera que fales então sobre o amor lá no teu cantinho.:)
Um abraço carinhoso.

Anna^,
"O amor não pode ser castrador, mas sim libertador".
Subscrevo na íntegra.:)
Beijinhos e bom fds.

Blue kite,
Lá isso é...:)

Maracujá,
Também existe essa situação, de facto, amar-se alguém e no entanto não se ser capaz de viver com essa pessoa.
O ser humano é mesmo complicado.
"I can't live with or without you" aí é complicado, mesmo.:)
Fico, então, à espera da tua conclusão...
Bjs.

1:06 da manhã  

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