Reflexão...antecipada:)))
Independentemente da genética, das possibilidades reais, da idade, estamos sempre frustrados porque já não somos louros, morenos, magros, altos, atléticos, já não temos a pele lisa, os olhos sedutores.
Por que razão aceitamos e cultivamos a ideia patética de que só a juventude é boa e bela, com direito de ousar, de renovar, de amar?
Boa parte dos nossos sofrimentos (falo dos dispensáveis) vêm do facto de sermos tão infantis. Nunca sossegamos, nunca nos contentamos, nunca nos aceitamos.
Parar para reflectir nem pensar: seria demasiado doloroso.
Mesmo na sexualidade, apesar do alarde, da libertação e da incrível multiplicação de informações, continuamos muito primários.
Acabamos por nos submeter à obrigação de ser sexualmente fantásticos ( quase sempre mentira e embuste por insegurança), mas como seres humanos possivelmente seremos precários. Se os media me oferecem a possibilidade de ser feliz na cama - ou fora dela - em dez lições a preço módico, talvez fosse bom analisar e concluir que se trata de um engodo, que a felicidade amorosa não vem do desempenho, mas da ternura que aprimora e intensifica o desempenho.
Precisamos de aprender a lutar contra os modelos absurdos, a descobrir quem somos, do que gostamos e de como gostamos de ser e isso não vem nas revistas, na televisão nem nos palpites dos amigos: é íntimo, pessoal e intransmissível.
Lya Luft, Perdas e Ganhos
Bom fim-de-semana.:)
Por que razão aceitamos e cultivamos a ideia patética de que só a juventude é boa e bela, com direito de ousar, de renovar, de amar?
Boa parte dos nossos sofrimentos (falo dos dispensáveis) vêm do facto de sermos tão infantis. Nunca sossegamos, nunca nos contentamos, nunca nos aceitamos.
Parar para reflectir nem pensar: seria demasiado doloroso.
Mesmo na sexualidade, apesar do alarde, da libertação e da incrível multiplicação de informações, continuamos muito primários.
Acabamos por nos submeter à obrigação de ser sexualmente fantásticos ( quase sempre mentira e embuste por insegurança), mas como seres humanos possivelmente seremos precários. Se os media me oferecem a possibilidade de ser feliz na cama - ou fora dela - em dez lições a preço módico, talvez fosse bom analisar e concluir que se trata de um engodo, que a felicidade amorosa não vem do desempenho, mas da ternura que aprimora e intensifica o desempenho.
Precisamos de aprender a lutar contra os modelos absurdos, a descobrir quem somos, do que gostamos e de como gostamos de ser e isso não vem nas revistas, na televisão nem nos palpites dos amigos: é íntimo, pessoal e intransmissível.
Lya Luft, Perdas e Ganhos
Bom fim-de-semana.:)
8 Comments:
Tal como se costuma dizer:vale a pena pensarmos nisto!
bjokas grandes Andorinha e um bom fds ":o)
Concordo plenamente com tudo o que li. beijos e bom fim de semana*
belo texto
jocas maradas e sê feliz
Também concordo com o texto até "doloroso".
Quanto à sexualidade, há problemas "técnicos" que podem causar insatisfação, o que não quer dizer, evidentemente, que não se prefira partilhar a vida com um parceiro, apesar desses problemas, do que com outro com o qual eles não ocorram. Claro que o mais importante é o prazer de estar junto. Não sei se se percebe o que eu quis dizer. Ficou um bocado atabalhoado.
Um bom fds para ti também.
Um beijinho.
Anna^
Wind
Su,
Beijinhos e um óptimo fds.:)
Pamina,
Percebi perfeitamente e faz todo o sentido o que afirmas, mas penso que o texto vai também nesse sentido, o mais importante é a partilha e o envolvimento emocional e não tanto apenas a "performance" técnica.
Beijinho e bom fds.:)
Olá e boa semana a todos
Gostei da frase "a felicidade amorosa não vem do desempenho, mas da ternura que aprimora e intensifica o desempenho" quando se trabalha e/ou fala com gente jovem ve-se que isto é precisamente o oposto do que eles pensam ... e é tão errado pensar assim ... a qualidade em tudo deve ser o mote e nao a quantidade !!
Abraços e sorrisos
Ana Afonso
Ana afonso,
Aos jovens ainda falta maturidade para irem saboreando melhor as coisas, preocupam-se muitas vezes só com a performance sexual e descuram a vertente mais afectiva.
É algo que só se consegue com o tempo, penso eu.
Beijinhos e boa semana para ti.:)
também li este livro e gostei bastante!
;)
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