Ainda Lya Luft...
"Tudo se complica porque trazemos o nosso equipamento psíquico. Nascemos da maneira que somos: algo em nós é imutável, a nossa essência é um conjunto de paredes difíceis de escalar, fortes de mais para admitir aberturas. Essa será a batalha de toda a nossa existência.
As ferramentas para executarmos a tarefa de viver podem ser precárias. Isso quer dizer: algumas pessoas nascem mais frágeis do que outras.
O meu diminuto jardim ensina-me diariamente que há plantas que nascem fortes, outras malformadas; algumas são atingidas por doenças ou fatalidades em plena juventude; outras na velhice, retorcidas, ainda conseguem dar flor.
Essa mesma condição é a nossa, com uma diferença dramática: nós podemos PENSAR. Podemos exercer uma relativa liberdade. Dentro de certos limites, podemos intervir.
Por isso, mais uma vez, somos responsáveis, também por nós. Somos no mínimo co-responsáveis pelo que fazemos com a bagagem que nos deram para esse trajecto entre nascer e morrer.
Carregamos muitos pesos inúteis. Abandonamos pelo caminho objectos que poderiam ser preciosos e recolhemos inutilidades. Corremos sem parar até àquele fim temido, raramente nos sentamos para olhar em redor, avaliar o caminho e modificar ou manter o nosso projecto pessoal.
Ou nem sequer temos desejos pessoais. Diluímo-nos nas águas da sorte ou da vontade alheia. Ficamos ténues de mais para reagir. Somos aqueles que se encolhem nos cantos ou se sentam na beira da poltrona nos salões da vida".
Continuo a fascinar-me com este livro!...
As ferramentas para executarmos a tarefa de viver podem ser precárias. Isso quer dizer: algumas pessoas nascem mais frágeis do que outras.
O meu diminuto jardim ensina-me diariamente que há plantas que nascem fortes, outras malformadas; algumas são atingidas por doenças ou fatalidades em plena juventude; outras na velhice, retorcidas, ainda conseguem dar flor.
Essa mesma condição é a nossa, com uma diferença dramática: nós podemos PENSAR. Podemos exercer uma relativa liberdade. Dentro de certos limites, podemos intervir.
Por isso, mais uma vez, somos responsáveis, também por nós. Somos no mínimo co-responsáveis pelo que fazemos com a bagagem que nos deram para esse trajecto entre nascer e morrer.
Carregamos muitos pesos inúteis. Abandonamos pelo caminho objectos que poderiam ser preciosos e recolhemos inutilidades. Corremos sem parar até àquele fim temido, raramente nos sentamos para olhar em redor, avaliar o caminho e modificar ou manter o nosso projecto pessoal.
Ou nem sequer temos desejos pessoais. Diluímo-nos nas águas da sorte ou da vontade alheia. Ficamos ténues de mais para reagir. Somos aqueles que se encolhem nos cantos ou se sentam na beira da poltrona nos salões da vida".
Continuo a fascinar-me com este livro!...
8 Comments:
Depois de ler o texto, ocorreram-me estas ideias:
Saber viver.
Procurar viver melhor.
Ui, que "arte" difícil. É preciso praticar todos os dias.
Pamina,
É mesmo muito difícil.
Dizes que é preciso praticar todos os dias. Concordo, mas há dias em que me esqueço...
Mais uma vez isso nos leva à tal questão - temos uma vida ou vivemos?
Amiga, perceberás, decerto, como este excerto me toca de forma particular. Deixo-te um beijinho risonho e confiante, já que não poderei dar-to no sábado. Amanhã verás porquê, se é que ainda não adivinhaste :)
Andorinha,
Uma vida acho que temos,podemos é não saber vivê-la da melhor forma...se calhar às vezes limitámo-nos a ir vivendo!
bjokas ":o)
Olá Andorinha
Quase toda a gente nasce frágil...e são os obstáculos que a vida nos coloca na frente que nos fortalecem. De cada vez que se foge deles, fica-se um nadinha mais fraco e sem se dar conta chega um dia que a vida se torna insuportável e se fica à mercê dos outros. As facilidades nunca fizeram evoluir ninguém, pelo contrário, a tendência é para a acomodação e a vitimização.
Mitsou,
Percebo, amiga.
Não sei se adivinhei...:)
Pois... não me podes dar um beijinho no sábado, mas dás-me aqui todos os dias e isso faz-me feliz.:)
Anna^,
Devemos sempre tentar vivê-la da melhor forma, não é?
Não temos uma segunda hipótese...
Beijinho.
Maite,
Concordo só parcialmente contigo.
Os obstáculos fortalecem-nos e fazem-nos evoluir se conseguirmos reagir sempre de forma positiva.
Fugir dos obstáculos não , mas se conseguirmos evitar alguns não teremos que os enfrentar, penso que isso será uma atitude inteligente.
E depois tudo é muito bonito em teoria; na prática as coisas nem sempre são assim tão simples.
Imagina alguém que se depara constantemente com obstáculos na sua vida - ou essa pessoa tem grande capacidade de resistência ou corre o risco de desanimar e "deixar-se ir".
Andorinha
Há dias em que desanimamos, sem dúvida. Mas sabe, eu aprendi que um dia vem a seguir ao outro e acredito que o seguinte é melhor. Precisamos é de saber gerir as nossas emoções e de forma positiva.
E não concordo consigo quando afirma que evitar certos obstáculos é uma forma inteligente de agir, apenas acho que assim protelamos situações desagradáveis mas que ficam dentro de nós e nos magoam.
Bom dia para si
Maite,
Claro que devemos ser optimistas e encarar as coisas duma forma positiva. Confesso que tenho aprendido a agir assim ao longo da vida. Já fui uma pessoa bastante pessimista mas consegui passar a encarar a vida doutra forma.
Hoje sei que depois de um dia mau virá outro que deverá ser melhor e é por isso que eu luto.
Quanto ao segundo parágrafo, continuo a discordar.:)
Bom fds.
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