sexta-feira, setembro 28

Pensamento/Reflexão para fim-de-semana

"Descobrimos as pessoas como cebolas, as primeiras camadas raramente têm algum interesse, de acordo; também não são as que nos fazem chorar mais tarde."

JMV, in Muros

Este é um livro que me acompanha de há muito e esta é uma frase que me marcou desde a primeira vez que a li.
Interrogo-me muitas vezes: Será que vale a pena descascar a cebola até ao fim? Será preferível ficarmos só pelas primeiras camadas?

Que dizem vocelências?:)

25 Comments:

Blogger Jo said...

E ficarmos sempre a pensar a que saberiam as camadas interiores?
hum... não me parece.
Suponho que depende da cebola, mas ainda acredito que as camadas que nos podem vir a fazer chorar também são as que mais riqueza têm.

Beijo

10:24 da tarde  
Blogger Alice said...

Há evidentemente aqui um problema agronómico sobre o qual não me vou pronunciar - mas que há cebolas realmente muito más, verdadeiramente mesmo como bombas de gás lacrimogéneo, lá isso há.
De qualquer forma continuo a não desconfiar à partida: e a levar com o tal "gás" de vez em quando, mas nem sempre. E pelas vezes em que a cebola faz um cheiroso refogado sem lágrimas, vale a pena continuar a descascá-las : a propósito, ainda bem que lembras, vou por cebolas na minha lista de compras, ou amanhã não haverá bacalhau à gomes sá...
beijinhos
volto à resina

10:45 da tarde  
Blogger Lord of Erewhon said...

Já li isso em qualquer lado, acho piada... deve ser por isso que anda sempre tudo a choramingar... :)=

2:01 da manhã  
Blogger Unknown said...

Diria que, se as primeiras camadas não são as que nos fazem chorar mais tarde... serão, então, as outras camadas, aquelas mais do íntimo do Ser que nos fazem também brotar os mais autênticos sorrisos e todos os sentimentos a eles e às lágrimas associados...

Assim sendo, e dependendo do que desejamos, sou apologista da descoberta camada a camada e do sentir em cada uma delas.

Que nem todas as lágrimas são de sofrimento e nem todos os sorrisos de felicidade, em cada camada, dos outros e das nossas.

Para finalizar, devolvo a questão:

- Será que vale a pena descascarmos e/ou deixar que descasquem as nossas próprias camadas até ao fim?... Será preferível ficarmo-nos por revelar e/ou deixar que se revelem apenas as primeiras camadas?...

Um beijo da dupla que tem e ti uma Amiga.

3:49 da tarde  
Blogger Sirk said...

Isso de ir tirando as camadas depende da casta.

Achei a anlogia muito interessante. Nem eu faria melhor (piu).

(Portei-me bem? Reparaste que nem falei doutro tipo de frutas & legumes... ;))

7:46 da tarde  
Blogger Sirk said...

Errata: leia-se "analogia" onde está "anlogia".

Valha-me nossa senhora dos trambolhos :(

;)

8:59 da tarde  
Blogger poca said...

eu digo que todos temos os nossos muros.. e no ímpeto do momento acabamos por sentir sempre se vale a pena ou não descobrir mais uma "camada"..
há vezes em que logo pela casca se sabe que a cebola não está boa, outras na primeira camanda.. outras enganam-nos quase até ao fim.. outras.. fazem com que vala a pena continuar a descascar cebolas ;P

beijinhos

2:57 da manhã  
Blogger Bartolomeu said...

Temos aqui pano para mangas...
Mas, na minha douta qualidade de machista bacouco, começo por colocar mais uma questão (depois colocarei a resposta à mesma).
A questão é a seguinte: Porque é que os homens não descascam cebolas?
ãn...ãn...an...?
Ena, tantas respostas ;))))
Aresposta a esta questão è dada pela história seguinte...
O escorpião encontrava-se na margem de um ribeiro e pretendia atravessar para a outra margem (estão a ver? margem/outra margem = 1ª casca da cebola/última casca da cebola)mas como não sabia nadar, mantinha-se na margem de cá (é a margem onde assistimos ao desenrolar da história). Entretanto, aparece por ali um sapo. Ao ver o sapo, o escorpião pede-lhe que o atravesse para a outra margem. O sapo replica, nem penses meu, julgas que sou tótó?
Qual é a espiga? perguntou o scorpio... Ouve man, julgas qu não te topo? Depois afiambravas-me uma ferroadela, dávas-me cabo do caparro todo. Népias man, responde o escórpio. É na boínha chavalo, prometo-te que se me levares, não ha ferroadela pa ningém, man.
O sapo pensa e decide levar o escorpião para a outra margem.
(Como o ribeiro não é largo, vamos agora saltar para a outra margem, e assistir ao final da história.)
(Tão meninas, não saltam? Ah é o problema das saias... pá, subam as sais, se for preciso eu prometo que me viro de costas, querem? Ok, pronto eu viro, agora saltem. Ãn...? Eu prometi que me virava de costas, não prometi que ficava a olhar prá frente, ora)
Bem, avançando, chegados à outra margem, o escorpião enterra o ferrão no back side do sapo... o desgraçado do batráquio, meio atónito, meio muribundo, lança um olhar esgasiado ao escorpião e entre arfansos reclama: Mas afinal, óh chouriço... prometeste que não me ías espetar o ferrão e afinal...
É da minha natureza òh bat´rquio tótó, não posso fazer nada, respondeu-lhe o scorpio...
Moral da história (até porque toda a fábula, termina moralizando). Quando é da natureza humana, descascar a cebola até ao fim, mesmo sabendo que vai haver inundação, não ha nada que demova a "descascadeira" de o fazer.
;)))))))

9:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Gostei! :)
Eu acho que sim, mas só quando existem pontos de interesse; despir pessoas leva tempo e pode ser um desperdício.
Mas quando vale a pena, é despir até ao tutaninho, tudo, tudo, tudo que é tão bom. :)
Mas choramingar é uma seca...pode antes haver uma brincadeira gira de troca de tiros... :P :)

Beijinho grande e uma vénia*

12:15 da tarde  
Blogger Rosa said...

Eu diria que isso depende completamente da cebola em questão ;)

7:27 da tarde  
Blogger andorinha said...

Mariazinha,
Também não gosto de ficar na dúvida, por isso normalmente vou descascando...já chorei, já ri...é a vida.
Beijo

Alice,
Também sou como tu, amiga, continuo a não desconfiar à partida e, se por vezes tenho grandes decepções, também há o contrário...quem não arrisca não petisca.
A propósito: que tal estava o bacalhau?:)

Lord,
Levando isso à letra, como nós, mulheres, somos mais choronas, isso só pode significar que os homens são uns pulhas.
:)
Beijo.

Ammedeiros,
Gostei muito do teu comentário.
Tal como tu, sou apologista da descoberta camada a camada e do sentir em cada uma delas.
E também gosto que me descasquem até ao fim:)

Um beijo amigo para a dupla.

11:06 da tarde  
Blogger andorinha said...

Sirk,
Portaste-te, sim senhora:) Loooool
Mas podes sempre falar de outros legumes; aqui não há censura nem quero auto-censura.:)))

Fica bem, cachopa.

Poca,
Sim, às vezes nota-se logo que a cebola está estragada, mas vale sempre a pena continuar a descascar outras até ao fim:)
Beijinhos

Bartolomeu,
:)))))))))))) Looooool
Ri-me a valer. Contaste a história com muita piada.
Mas isso só confirma que há certas cebolas que nem convem começar a descascar, pois é choradeira pela certa:)

Antígona,
Se for Verão não leva muito tempo...
Mas quando vale a pena é como dizes, é até ao tutaninho, saborear cada camada...então não é bom?
Quanto a uma brincadeira de troca de tiros, por que não?
Todas as fantasias são boas:).

Beijinho grande, miúda*:)

Rosa,
Sim, mas às vezes só experimentando é que sabes se vale a pena ou não, né?:)

11:25 da tarde  
Blogger Guilherme Lima said...

Eu cá acho interessante despir toda a gente...
É um hábito... :P
Por detrás das camadas há sempre algo que nos deixa a reflectir... seja lá o que for... ;)

Beijos*

10:34 da manhã  
Blogger Frankie said...

Pois é: hoje arranjei um tempinho para vir visitar "vocelência" :)

E deparo-me logo com uma frase daquelas que dão muito que pensar...

(o problema é que ainda é manhãzinha...eu ainda só vou no segundo café do dia e o meu cérebro ainda não engrenou... -sabes como é: descarrila, de vez em quando!-)

Mesmo assim não resisto a deixar umas palavrinhas.

Para mim não há assim m-u-i-t-a-s pessoas com quem no cruzemos ao longo da vida que valham realmente a pena a "perda" de tempo de as querer conhecer bem...
Vou-me ficando pelas primeiras camadas... Por isso tenho um grande número de "conhecidos".
Já os amigos, esses, constituem um núcleo bem mais restrito, mas são aqueles que sei que valem a pena conhecer... mesmo que, por vezes, descubramos algumas coisas que preferiríamos não saber...

Beijinho*

PS: Desculpa lá se o comentário foi confuso... Eu própria o sou; não dá para evitar :)

11:01 da manhã  
Blogger andorinha said...

Ariel,
Despir toda a gente?!!!
Não fazes a coisa por menos, malandreco:)))

"Por detrás das camadas há sempre algo que nos deixa a reflectir... "

Pois, isto já é a justificação que tu arranjas para ti próprio para tanto "descascanço":)))

Beijos*

Frankie,
Às 11 ainda é manhãzinha pra ti?!
Para mim também, quando não tenho aulas.
Temos isso em comum e o vício do café também:)

O comentário não está nada confuso, entendi bem.
Mas podes ao longo da vida ir deixando mais uma ou duas pessoas, as que tu achares que vale a pena, entrarem para esse núcleo restrito.
Nunca te feches completamente ao mundo, miúda:)
Lá estou eu com sermões...contigo é mais forte do que eu, desculpa.
Mas é que também já fui assim; a determinada altura da vida achei que os amigos eram aqueles que tinha, ponto.
Mas ainda havia espaço para mais um ou dois que chegaram ultimamente, depende tudo do tamanho do nosso coração e o teu também é grande que eu sei.
Falas assim por decepções, provavelmente, eu entendo, mas quem vem a seguir não tem culpa das asneiras dos que estão para trás.
Deixa sempre uma portita aberta, prometes?:))))

Beijinhos, miúda*

7:54 da tarde  
Blogger Frankie said...

Lá vim eu visitar a minha "amiguinha alada" preferida e já vi que ela me deixou uma série de conselhos válidos ;)

Pois é sei perfeitamente que tens razão...
Mas também, o que eu disse aqui foi a teoria; na prática não é bem assim.
De facto, por muito que eu seja fechada (que sou), de vez em quando aparece uma ou outra pessoa que, de um momento para o outro consegue, mais do que abrir uma frinchinha, escancarar a concha onde vivo...
Por isso o meu leque de amigos vai aumentando, e isso dá-me um certo conforto.
Falas em decepções. É verdade que já as tive...mas sou um bicho teimoso; está na minha natureza. Por isso ainda "abro a essa portinha" a algumas pessoas, mesmo correndo o risco de passar pelo mesmo.

Sabes, isto pode soar estranho, porque nós não nos conhecemos, mas tu foste uma das pessoas que conseguiu abrir essa frinchinha... Tenho um carinho especial por ti; até mesmo por esse ar "maternal" que adoptas quando às vezes me passas um "sermão" ;)

(Nunca tive uma mãe que me fizesse isso...)

Por cá por "estas bandas" dos blogs, ainda há outra pessoa por quem nutro um carinho, respeito e admiração semelhantes: o Klatuu.

Como vês, apesar da "concha", ainda há pessoas que acho que valem a pena... e ainda consigo dar uma abrir a tal portinha ;)

Beijinho, "mummy"! :P
lololol


PS: Pois... 11 da manhã para mim é manhãzinha porque tenho o terrível hábito de adormecer apenas à hora que devia acordar...
(o que é um bocado mau, agora que já estou a trbalhar e entro às 8:30)

10:19 da manhã  
Blogger andorinha said...

Frankie,

Não te vou dar nenhum sermão, hoje:)
Só dizer-te que fico muito contente por te ver de novo por aqui.
E por ver que vais seguindo os meus conselhos:) Lol

Falando a sério, ainda bem que és um bicho teimoso e que continuas a abrir a porta...
Riscos há sempre, mas se não os corrermos não vivemos e eu sei que não é isso que queres.

"Sabes, isto pode soar estranho, porque nós não nos conhecemos, mas tu foste uma das pessoas que conseguiu abrir essa frinchinha... Tenho um carinho especial por ti;..."

Que bom ler isto, miúda!
Também gosto muito de ti e isto não é nenhuma troca de galhardetes.
Não nos conhecemos pessoalmente, é um facto, mas como somos pessoas genuínas e transparentes vamo-nos conhecendo através das palavras que trocamos.

Tens toda a razão em relação ao Klatuu. "Conheço-o" há pouquíssimo tempo, mas já deu para ver que é uma pessoa muito especial.

Mummy?!!!
Que abusos são esses?
Vá lá que não me chamaste "grandma":))))

Quanto ao teu PS. entendo-te na perfeição porque 11h para mim também é manhãzinha; quando tenho aulas às 8.30h não imaginas o suplício!:)

Já estás a trabalhar?
Que bom! Vês como há sempre razões para não desistirmos?

Beijinho grande*

PS: Sabes o que podemos fazer?
Conversarmos só nós as duas de vez em quando, que dizes?
Até porque assim posso dar-te mais sermões sem os outros lerem:))))))
Não tenho o teu e-mail, por isso tens que ser tu a mandar primeiro.
Pensa nisso:)

12:15 da manhã  
Blogger Frankie said...

Oi "mummy!!!"

(Sim, sim, eu sou uma miúda teimosa E irritante ^_^)

Pois é fiquei toda "babada" a ler o teu comentário... só tenho um problema: ia eu muito satisfeita mandar-te um mail e o raio da hiperligação dá-me sempre erro -problema da utilizadora, certamente, porque eu sou uma verdadeira abécula no que toca às "novas tecnologias"-.
Seja como for, mais tarde volto a tentar... a ver se o PC já não está "amuado" comigo ;)

E já agora, deixa-me dizer-te umas coisinhas:

1. "Grandma" já era um exagero, especialmente porque tens um espírito demasiado jovem para te poder imaginar como "vóvó"... :)

2. Quanto às nossas noções peculiares de manhãzinha... imagino perfeitamente o "suplício": passo por ele todos os dias.

3. Aulas?! Que aulas?!
(Sim, sim... Além de teimosa E irritante, também sou cusca!!!)

4. Estou a trabalhar, sim, felizmente: para já a tempo inteiro (até começarem as aulas de mestrado) e depois em part time (vou fazendo a tese ao mesmo tempo).
Tive sorte, é verdade... Parece que gostaram de mim, aqui no Instituto e, depois do estágio fui ficando, ficando... até que fiquei mesmo ;)

Beijinho grande*
(E vou mas é trabalhar :P)

10:10 da manhã  
Blogger andorinha said...

Frankie,

Não sabes mandar um mail???:)))))))
É só digitares o endereço, escreveres e clicar em "Enviar":) Looooooooooooool
modetecoelho@hotmail.com

Quanto ao resto, pois é...aulas.
Sou professora no ensino secundário há uns anitos.
Foi uma paixão descoberta tardiamente mas que tem vindo a esmorecer com estes tempos conturbados que nós, profes, devido a decisões completamente descabidas e injustas por parte do Ministério, estamos a viver.

Tenho no 10º e 11º alunos quase da tua idade, vê lá!!!

É óptimo o que contas de ti e do teu trabalho.
Gostaram de ti???!!!
Porque seria?!:)))

"...aqui no Instituto."
Qual instituto? Achas que sou bruxa, é? Já não basta ser mummy?:)

Beijinho grande, miúda.

PS: Agora quem vai trabalhar sou eu - preparar as aulas de amanhã e sexta.

7:55 da tarde  
Blogger Frankie said...

Mandei-te mail :)

(Sim, sim! Eu consegui! PROEZA!!!)

Beijinho*

2:06 da tarde  
Blogger cdgabinete said...

Eu diria que depende da cebola, e da vontade de a comer..... Há algumas cebolas que so de estarem pousadas no balcão da cozinha (mesmo por descascar) deixam no ar pigmentos q induzem um lacrimejar desconfortável que nao se sabe muito bem de onde veio..... Outras não.... descascam-se até ao fim, faz-se uma rica cebolada e fica-se satisfeito durante dias só de pensar "ah que rica cebolada comi eu no outro dia!" :o)

É... depende da cebola e da vontade de a comer :)

12:09 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

De um modo ou outro todas as cebolas nos fazem chorar, no entanto nem todas são acres.

1:47 da tarde  
Blogger Lux Caldron said...

Depois de ler uns quantos comentários seus por blogs amigos decidi vir dar aqui uma olhada e não resisti a comentar esta frase tão significativa.

Sinceramente às vezes chego a pensar que não vale a pena descascar nem a primeira camada, mas inevitavelmente acabo, de um momento para o outro, por reparar que já descasquei mais uma cebola e a verdade é que se há algumas que nos fazem chorar, também agradeço imenso aquelas que me suportam nessas alturas mesmo que por vezes elas nem se apercebam.

Voltarei aqui

12:15 da manhã  
Blogger andorinha said...

Cdgabinete,

Até certo ponto tens razão, mas, por vezes, as cebolas iludem:)

Alquimia,
Nem todas...nem todas...já descasquei algumas que não me fizeram chorar...:)

Lux,
É, esta frase marcou-me muito desde que a li, talvez por ter tanto de verdade...
Como já disse acima, vale sempre a pena continuar a descascar cebolas, apesar das desilusões que algumas delas nos causam:)

Volta sempre que queiras, o ninho está sempre aberto para os amigos, mas imponho uma condição: tratas-me por "tu", faxabor:)))
A diferença de idade não é para aqui chamada...:)

Um beijo.

7:29 da tarde  
Blogger Lux Caldron said...

Com certeza... Jamais te tratarei de outra forma que não por "tu"... :)

E por certo que voltarei

Um beijo

11:32 da tarde  

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