Para reflexão
"Que tempo é o nosso? Há quem diga que é um tempo a que falta amor. Convenhamos que é, pelo menos, um tempo em que tudo o que era nobre foi degradado, convertido em mercadoria. A obsessão do lucro foi transformando o homem num objecto com preço marcado. Estrangeiro a si próprio, surdo ao apelo do sangue, asfixiando a alma por todos os meios ao seu alcance, o que vem à tona é o mais abominável dos simulacros. Toda a arte moderna nos dá conta dessa catástrofe: o desencontro do homem com o homem. A sua grandeza reside nessa denúncia; a sua dignidade, em não pactuar com a mentira; a sua coragem, em arrancar máscaras e máscaras. "
Eugénio de Andrade in 'Os Afluentes do Silêncio'
Eugénio de Andrade in 'Os Afluentes do Silêncio'
7 Comments:
Ler os clássicos, por momentos faz-nos entristecer, mas também nos torna mais fortes...
Gosto de passar por aqui, é sempre agradável a leitura.
É o tempo que é... outro tempo.
Moutal,
Concordo contigo, aprendemos bastante com os clássicos.
E saibamos nós viver sem máscaras...
Ainda bem que gostas de passar por aqui, fico contente.
Ultimamente tenho tido pouco tempo para postar com mais regularidade, mas já não consigo passar sem este cantinho.
Rosa,
Mas não são tempos de que nos possamos orgulhar, penso eu.
Bjs.
No fascinio passei...
Beijinho
Concordo com EA:)
Beijos
o alquimista,
E passaste bem...:)
Beijinho
Wind,
E comigo:)
Beijos
assim é...o tempo do ter---------
eu prefiro o ser..sempre
jocas maradas menina
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